Pesquisadores espanhóis publicaram um artigo confirmando os
efeitos benéficos dos polifenóis, uma substância presente no vinho tinto. Os
polifenóis são um grupo de compostos químicos presentes em várias plantas,
incluindo uvas utilizadas na produção de vinho tinto.
Em um experimento, um grupo de homens com alto risco de doença
cardiovascular viu sua pressão arterial reduzida depois de beber vinho tinto
sem álcool por um período de quatro semanas.
O estudo envolveu um total de 67 homens com diabetes ou que
tinham três ou mais fatores de risco para doença cardiovascular. Os
participantes fizeram a mesma dieta ao longo do estudo, com exceção de que um
grupo tomou 30 gramas de vinho tinto sem álcool, por dia, um segundo grupo
tomou diariamente uma quantidade equivalente de vinho tinto com álcool,
enquanto um terceiro tomou 30 gramas por dia de gim. O experimento teve duração
de quatro semanas.
Durante a experiência, o grupo que tomou o vinho não-alcoólico
teve uma redução na pressão sanguínea, tanto na sistólica (que faz referência
ao funcionamento do coração e artérias principais) como da diastólica (a
pressão mínima) e da sistólica (a pressão máxima). A redução da hipertensão
resultaria em uma redução do risco de doenças cardíacas em 14%, e uma redução
de 20% no risco de acidente vascular cerebral.
Os grupos que tomaram vinho alcoólico ou gim experimentaram uma
queda na pressão sanguínea menor que o primeiro grupo. Portanto, os resultados
do estudo confirmam que os polifenóis são responsáveis pela redução da pressão
sanguínea, mas que o álcool do vinho reduz a capacidade do mesmo para diminuir
a hipertensão. Portanto, para maximizar os efeitos benéficos dos polifenóis, o
vinho deve ser livre de álcool.
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